Da BBC Brasil A corrupção é considerada um problema “muito grave” por 96% dos brasileiros – maior percentual entre os 26 países estudados em uma pesquisa encomendada pela BBC.

Segundo o levantamento World Speaks (“O Mundo Fala”), feito pela consultoria Globescan, o Egito tem o segundo maior percentual de preocupação com a corrupção, com 91% dos entrevistados, seguido por Colômbia (88%), Filipinas (87%) e Quênia (86%).

Os países com menor percentual de entrevistados que classificam a corrupção como um problema muito grave são Alemanha (44%), Nigéria (43%) e Japão (26%). “Nós não devemos nos surpreender que as pessoas estejam demonstrando a sua frustração com um problema que frequentemente impede os governos de se dedicarem aos muitos desafios sérios que eles estão encarando agora”, diz o diretor de Pesquisas da GlobeScan, Sam Mountford, sobre a corrupção.

Para os brasileiros que participaram do estudo, a corrupção ficou em segundo lugar entre os problemas muito graves.

A pobreza extrema está em primeiro, sendo citada por 97% das pessoas.

Em terceiro, vêm os direitos humanos (93%).

Em último, aparecem o poder crescente das multinacionais (54%), fundamentalismo religioso (52%) e migração transnacional (41%).

Entre todos os países, o Brasil é líder no percentual de pessoas que veem “problemas muito graves” nos seguintes temas: corrupção, mudanças climáticas, violações dos direitos humanos, meio ambiente e poluição, pobreza extrema, propagação de doenças, terrorismo, guerra e conflitos armados, fundamentalismo religioso e violação dos direitos dos trabalhadores.

Considerando os 26 países pesquisados, a pobreza extrema ficou em primeiro lugar enquanto “problema muito grave”, sendo citada por 69% dos entrevistados, em média.

A corrupção ficou em segundo (68%).

Em último lugar, ficou a migração transnacional (28%).

Assuntos mais discutidos Em termos globais, mais de um quinto dos entrevistados (21%) dizem ter discutido a corrupção com amigos e familiares no último mês, o que faz deste o tema mais debatido nos 26 países.