O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, recebeu, nesta quinta-feira (09/12), o prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, no Palácio dos Manguinhos para discutir a implantação da Fazenda da Esperança no Município.
O Governo Municipal se comprometeu a desapropriar uma área com 20 a 30 hectares para o funcionamento da instituição, que tem como objetivo recuperar crianças, jovens e adultos usuários de drogas.
Dom Fernando contou aos integrantes da Prefeitura de Jaboatão sobre a experiência de implantação da Fazenda da Esperança em Sobral.
No Ceará, centenas de ex-usuários de drogas passaram pela instituição que para ajudar no sustento produz frutas, doces, compotas e tem experiências também no ramo do artesanato.
A criação de uma nova unidade da instituição é um dos grandes objetivos do arcebispo.
O prefeito Elias Gomes sugeriu que fossem utilizadas estratégias de sustentabilidade para diminuir os custos fixos na instituição: “podemos conseguir uma parceria com uma empresa de energia solar e captar a água nas fontes existentes na região”, afirmou.
Além disso, o gestor afirmou que está disponível para ajudar na elaboração de um plano de captação de recursos visando à manutenção à longo prazo da Fazenda da Esperança, já que a idéia é manter o serviço com o apoio de empresas privadas, dos governos e da comunidade católica. “Em outros estados, as pessoas que entram na Fazenda da Esperança pagam três salários mínimos ao entrar e um salário por mês, mas no Nordeste por conta das condições de nossa região, temos pensado em alternativas”, explicou Dom Fernando.
O prefeito Elias Gomes explicou que hoje, a Prefeitura de Jaboatão já custeia um salário mínimo por mês para os dependentes de drogas que vão para uma instituição especializada neste tipo de serviço.
Os secretários Claudio Carraly (Direitos Humanos e Segurança Cidadã) e Socorro Araujo (Promoção Humana e Assistência Social) também particaram da reunião, assim como o radialista Aderval Barros (Rádio Olinda), o ecônomo Mivacir Meira Lima, o advogado Marcio Miranda e a deputada estadual Terezinha Nunes, que já se dispôs a buscar parceiros junto a empresas privadas para o projeto. “Nunca é bom depender apenas da Prefeitura.
Temos de fazer um pool de empresas até para que o serviço não sofra com a dependência de um parceiro e possa ser sustentável à longo prazo”, argumentou Elias Gomes.