O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), negou que haja um desejo específico do PSB pelo Ministério da Integração Nacional.

Nos bastidores, no entanto, a conversa é outra.

A história é que ele quer mesmo colocar o atual secretário de Desenvolvimento, Fernando Bezerra Coelho, na cadeira hoje ocupada por João Santana.

Segundo o governador, foi Antônio Palocci, coordenador da campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e já nomeado ministro da Casa Civil, quem ligou para Campos avisando de uma possível conversa entre Eduardo e Dilma. “Deveremos, esta semana, conversar com ela, mas não tem dia nem hora.

Queremos ajudar Dilma a fazer uma bela equipe.

Não temos nenhuma demanda específica a apresentar.

Vamos conversar com ela”, disse Eduardo a jornalistas em Brasília.

Eduardo fez questão de dizer que tem pautas diferentes como presidente do PSB e como governador do Nordeste. “Enquanto PSB, eu tive uma conversa com ela há cerca de dez dias e voltaremos a conversar, provavelmente esta semana, sobre a participação do PSB.

Não queremos criar problemas.

Somos parte da solução.

Queremos ajudá-la a governar, fazer uma boa equipe.

Foi assim que fizemos com o presidente Lula e crescemos.

Fomos o partido que mais cresceu nestas eleições.

Vamos apoiá-la com ou sem ministério”, garantiu.

Eduardo Campos disse que os governadores do Nordeste estão discutindo, a pedido da própria presidente eleita, políticas para a Região para os próximos quatro anos.

Para ele, é necessário mudanças em órgãos como o Banco do Nordeste, Sudene, Chesf e Codevasf. “(É necessário) sistematizarmos uma leitura das mudanças que aconteceram no Nordeste, da necessidade de fazermos políticas inovadoras para a região, para cadeias produtivas importantes.

Isso tudo exige inovação nas estruturas existentes.

Não só nos órgãos, mas nas políticas.

E também um perfil para direção desses órgãos que dialogue com essa compreensão.

Mudou o Nordeste nestes oito anos. É preciso mudar as políticas, os órgãos e o perfil dos gestores”.