Antonio Carlos Prado e Juliana Dal Piva, na Istoé É como briga em família: todo mundo quer ter razão e sempre sobra farpa para a empregada da casa, que não tem nada a ver com a história.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a companhia aérea TAM trombaram feio na semana passada.

A parte mais frágil que pagou a conta, e não tem com quem reclamar, foi o consumidor.

Alegando que seus funcionários têm direito a descanso, a TAM promoveu cancelamento de voos justamente por falta de mão de obra.

Motivo: os funcionários tinham dobrado turnos devido à dificuldade de voar com chuva.

A Anac suspendeu a companhia e ela só pôde voltar a operar na quarta-feira 1º.

A parcela de razão da TAM é quando defende o repouso de seus pilotos.

Deveria, no entanto, estar preparada para intempéries (nessa época do ano viaja-se muito, mas também chove muito) e admitir que uma de suas turmas de funcionários foi desfeita.

A Anac também tem razão porque é seu dever punir companhias que vendem voos que ficam no chão.

Sobrou para o consumidor.