Tathiana Barbar, da Folha de São Paulo O promotor Maurício Lopes afirmou nesta quinta-feira que irá recorrer da decisão da Justiça Eleitoral, que absolveu o deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, da acusação de falsidade ideológica.

Recordista nas urnas, com mais de 1,3 milhão de votos, Tiririca teve de passar por testes no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo para provar ser capaz de ler e escrever.

Ele também era acusado de apresentar uma declaração de alfabetização falsa para concorrer nas eleições.

Lopes afirmou que já está fazendo o recurso e deve entregá-lo até segunda-feira. “O recurso não tem nada de novo, são os mesmos fundamentos.” Segundo a decisão do juiz Aloisio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Tiririca comprovou que possui pelo menos noções básicas de leitura e escrita. “A Justiça Eleitoral tem considerado inelegíveis apenas os analfabetos absolutos, e não os funcionais”, de acordo com a sentença.

O magistrado declarou que na audiência de 11 de novembro, em que Tiririca passou por um teste de leitura e ditado, ele demonstrou “um mínimo de intelecção do conteúdo do texto, apesar da dificuldade na escrita”.