No JC Na Assembleia legislativa, os integrantes da oposição silenciaram, na sessão de ontem, sobre o teor do relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que aponta irregularidades na Fundarpe, atribuídas à presidente da entidade, Luciana Azevedo.
A bancada, porém, promete centrar fogo no assunto na próxima segunda (6).
De acordo com a deputada Terezinha Nunes (PSDB), pelo fato da reunião ser realizada pela manhã às quintas, poucos parlamentares compareceram ontem, o que dificultou a abordagem na tribuna. “Um assunto como esse não pode ser tratado numa sessão esvaziada”, argumentou a tucana, frisando que na segunda a oposição ocupará o microfone.
Já o líder da oposição, Augusto Coutinho (DEM), ausente na sessão de ontem, questionou o silêncio do governador Eduardo Campos (PSB) em relação ao relatório do TCE. “É preocupante que até agora não foi explicado nada.
O governador precisa se pronunciar porque o estafe da Fundarpe está sob suspeita”, disparou.
Responsável pelas primeiras denúncias contra a Fundarpe, ao lado de Terezinha Nunes, Coutinho afirmou que não se arrepende da ofensiva. À época da eclosão das suspeitas, em junho, Coutinho travou um embate com a presidente da entidade, Luciana Azevedo, ao vivo numa emissora de rádio local.
Nervosa, Luciana acusou Coutinho de ter envolvimento com uma “quadrilha” que teria se aproveitado da Fundarpe.
Também o caracterizou como “lambedor de botas da ditadura”. “Não vou levar essa questão para o lado pessoal.
A questão que trato com ela é na Justiça por causa da tentativa dela em me ligar às irregularidades da sua gestão”, ressaltou.
O deputado afirmou que moveu um processo contra a gestora por causa das declarações e ainda aguarda a evolução dos trâmites judiciais.