Graciliano Rocha, da Folha de São Paulo Eleito para presidir o TCU (Tribunal de Contas da União) em 2011, o ministro Benjamin Zymler disse hoje em Porto Alegre que decisões do órgão fizeram o governo federal economizar R$ 2,6 bilhões ao cortar o sobrepreço em obras da União.
Segundo ele, o valor reflete a diferença dos projetos orçados em editais do governo com os preços de referência do TCU apenas do período entre janeiro e agosto deste ano. “Não é um número esotérico ou mítico. [Quando havia indícios de superfaturamento] o tribunal determinou a publicação de novos editais contendo um orçamento extirpando o sobrepreço.
Isso foi feito”, disse Zymler em palestra durante encontro sobre controle público.
Ele citou o caso da Valec (estatal de infraestrutura ferroviária), que havia apresentado projetos cujos orçamentos nas ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste excederam em R$ 340 milhões os preços de referência.
Zymler foi eleito ontem e deverá ser empossado no próximo dia 8.
Ele é o primeiro técnico concursado a ser eleito presidente do TCU –uma corte tradicionalmente dirigida por políticos.
Nos últimos anos, o presidente Lula dirigiu críticas ao TCU por recomendar paralisação de obras.
Zymler minimiza os atritos com o Palácio do Planalto: “Há uma percepção de que o tribunal muitas vezes é duro e tem de ser duro.
Em algum momento isso significa algum tipo de problema pontual, mas a perspectiva de longo prazo é a de melhoria de gestão do próprio governo”.