No Blog de Josias de Souza A chegada de Dilma ao Planalto vai vitaminar um esporte que, por ora, engatinha no Brasil: o levantamento de egos.
A CNE (Confederação Nacional dos Egocentristas) passará a dispor de dois egos cujos Ids não se bicam: FHC e Lula.
Nesta sexta (3), como que ávido para que Lula se converta num “ex”, FHC fustigou o rival: “O presidente Lula sempre me criticou dizendo que eu me metia demais na política depois de ter saído da Presidência.
Mas agora ele é quem está se metendo demais”.
Entre risos, insinuou que, em algum momento, Dilma terá de impor limites aos palpites de seu criador: “Deixa ele se meter.
Cada um faz o que quer.
Os outros é quem têm que limitar.
Se achar que ele está abusando, cabe à presidente Dilma controlar”.
Como se vê, a refrega promete.
Nesse tipo de competição, prevalece aquele que conseguir deemonstrar que o ego do contendor é maior do que o seu.
FHC, um peso-pesado, não dispunha de adversário à altura.
Sarney, Collor e Itamar, os outros ex-presidentes vivos, não eram páreo para ele.
Lula vai ao ringue com cara de demolidor.
Antes de “desencarnar” desenhou o ministério de Dilma.
Depois de governar como um presidente da “cota do Sarney”, deixará no Planalto uma sucessora da sua “cota pessoal”.