Os brasileiros estão mais conscientes sobre a proteção dos direitos da criança e do adolescente.
Esta é a avaliação da pesquisadora e professora da Universidade de Brasília (UnB) Maria Lúcia Leal.
A acadêmica foi uma das painelistas do 2º dia do Seminário Brasil/Portugal, que acontece nesta sexta-feira (3), em Lisboa.
O evento tem apoio do Ministério do Turismo (MTur).
Em 2004, o Disque 100 recebeu pouco mais de mil denúncias de violência infantojuvenil em 930 municípios.
Entre os anos de 2005 e 2010, foram 25 mil denúncias de exploração sexual em 2.818 municípios. “O crescimento no número de denúncias revela que a sociedade está mais sensibilizada, não que os casos estão aumentando.
Eles sempre aconteceram, mas agora estão sendo mais denunciados”, destacou.
Para a professora, “dessa forma, a sociedade está cumprindo mais o seu papel e ajudando o estado a prevenir, enfrentar e combater o crime”.
Segundo Maria Lúcia Leal, o Plano Decenal – que será apresentado na próxima semana pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) – mostra que a maioria dos jovens explorados são afrodescendentes e do sexo feminino.
INCENTIVO ÀS DENÚNCIAS – Em 2004, o MTur criou o programa Turismo Sustentável e Infância (TSI).
Ele integra o conjunto de ações definidas pelo Governo Federal para a proteção da criança e do adolescente contra todas as formas de violência.
Uma das ações do TSI é o estímulo às denúncias ao Disque 100.
Desde a criação do programa, a média diária de denúncias do Disque 100, passou de 12, em 2003, para 89, em 2008.
Em 2010, a média de janeiro a outubro, foi de 448 atendimentos por dia.