Da CNI O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, propôs que a competitividade se torne a grande prioridade estratégica nacional, “do governo, do setor produtivo, da indústria, enfim, de toda a sociedade”.

A proposta foi feita diante de cerca de 1.500 empresários, na abertura do 5º Encontro Nacional da Indústria, nesta quarta-feira, 1º de dezembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. “É preciso dar um salto de competitividade.

Essa missão exige a mobilização de todas as forças políticas e econômicas do país: os três poderes de Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário -, as empresas e suas entidades representativas; todos os segmentos representativos da sociedade”, defendeu o presidente da CNI.

Segundo Andrade, a competitividade é a base do crescimento. “Sustentada na produtividade das empresas e de um ambiente de negócios civilizado, a competitividade é a base para o progresso, a transformação e a inclusão social”, assinalou.

Tema central do 5º Encontro Nacional da Indústria, que prossegue até esta quinta-feira, 2 de dezembro, a competitividade é tecnicamente definida pela CNI como a capacidade das empresas de igualar ou superar os concorrentes na preferência dos consumidores pelo preço e diferenciação do produto na qualidade, inovação ou propaganda.

O presidente da CNI ressaltou ser urgente priorizar a competitividade como a agenda do país. “Quanto mais lento for o processo de reformas pró-competitividade, maiores serão os riscos para a estrutura industrial brasileira”, advertiu.

Enfatizou que “com competitividade e isonomia nas condições concorrenciais, a indústria será cada vez mais moderna, mais ousada, mais inovadora e mais produtiva”.

De acordo com Andrade, o Brasil ocupa “posição extremamente desconfortável” num ambiente de negócios penalizado por uma elevada carga tributária, legislação trabalhista anacrônica, dificuldades de acesso ao crédito, previdência social de alto custo, a maior taxa de juros do mundo, insegurança jurídica, qualidade de educação ruim, excesso de burocracia, entre outros fatores.