O total de tentativas de fraudes envolvendo consumidores atingiu, até outubro de 2010, o montante de R$ 5,8 bilhões. É o que apontou o novo Indicador Serasa Experian de Risco de Fraudes – Consumidor, índice que passa a ser divulgado mensalmente a partir deste mês. “O novo indicador vai prestar uma importante e inédita contribuição para o mundo dos negócios.
Permite que possamos acompanhar a curva da ameaça aos negócios, sensibilizando empresas para a adoção de medidas preventivas mais eficazes. À proporção em que o índice subir, as empresas terão a informação de que as tentativas de fraudes estão mais ativas e devem, assim, intensificar seus processos de segurança.
A estatística vai colaborar para inibir essa modalidade de crime, pois a conscientização é o primeiro passo para mudar uma realidade”, afirma Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.
Fraude mais comum O tipo de fraude mais comum atualmente no Brasil e no mundo é o relacionado ao roubo de identidade, também conhecido como fraude de subscrição.
A fraude de subscrição ocorre quando um suposto “cliente” obtém crédito com identificação falsa ou informação fraudulenta obtida do cliente “real”, e não tem nenhuma intenção de pagar pelo bem ou serviço adquirido, ou seja, tenta passar a responsabilidade do pagamento ao verdadeiro dono das informações, e o empresário acaba arcando com o prejuízo.
Período de maior risco O novo indicador aponta que durante o ano de 2010, o mês que bateu o recorde em tentativas de fraudes envolvendo consumidores foi maio, atingindo R$ 662,5 milhões.
Isto pode ser explicado pela ocorrência do Dia das Mães neste mês, dado que esta data comemorativa é a segunda mais forte do ano para o varejo, perdendo apenas para o Natal.
Assim, com maior volume de consultas, o universo potencial para a ocorrência de fraudes envolvendo consumidores é mais elevado.
Para o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, “a indústria de fraudes está cada vez mais globalizada.
Há evidências de que muitas quadrilhas atuam em âmbito internacional, compartilhando praticas, e se destacam pela inteligência e criatividade.” “Muitos consumidores brasileiros ainda não têm a cultura para se proteger das fraudes e falta conhecimento em relação às suas consequências.
A ausência de cuidados em relação às suas informações pessoais e de documentos, a exemplo do que acontece nas redes sociais, na internet, entre outras, intensifica ainda mais o problema”, afirma o presidente.
As fraudes no crédito são as preferidas tanto nos golpes contra empresas quanto contra consumidores, pois trazem resultado imediato em termos de liquidez.
Para uma empresa se prevenir de golpes, tanto de consumidores como de empresas clientes, deve confirmar dados cadastrais e avaliar as informações comportamentais. “É muito comum que as empresas, em seu cotidiano, confundam a fraude de subscrição, aquela baseada em informações inverídicas, com as perdas decorrentes de inadimplência.
Na inadimplência pode-se recuperar o capital, já nas fraudes não há esta possibilidade”, alerta o presidente da Serasa Experian.