Na Veja O vazamento de cerca de 250.000 documentos confidenciais da diplomacia americana neste domingo traz à tona a atuação dos EUA em relação à América Latina.
Segundo despachos obtidos pelo WikiLeaks, publicados em parte nos sites do jornal americano The New York Times, do francês Le Monde, e do inglês The Guardian, Washington concentrou esforços para que os países latino-americanos isolassem o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Um dos documentos revela detalhes de um encontro ocorrido em setembro de 2009, em Paris, entre o assessor diplomático da Presidência da França, Jean-David Levitte, e o subsecretário de estado americano Philip H.
Gordon.
O líder francês, na ocasião, afirmou a Gordon que Chávez é “louco” e que nem o Brasil seria capaz de continuar a lhe dar apoio e, dessa forma, os Estados Unidos poderiam apoiar o isolamento do presidente venezuelano no continente.
Outra informação que aparece nos documentos secretos diz respeito ao Paraguai.
As autoridades americanas admitem receios e a desconfiança de que o país vizinho do Brasil possa abrigar agentes iranianos e extremistas islâmicos ligados aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, principalmente nas proximidades da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Entenda o vazamento - Neste domingo, documentos da diplomacia americana obtidos pelo WikiLeaks foram publicados em sites de diversos jornais.
Segundo artigo do jornal britânico, os dados trazem dezenas de informações que causam constrangimento à diplomacia americana, entre elas, os temores de Washington e Londres sobre a segurança do programa de armas nucleares do Paquistão, as ligações entre o governo da Rússia e o crime organizado e críticas às operações militares do Reino Unido no Afeganistão, além de outras polêmicas.