Do Jornal do Commercio Ao retornar de uma viagem de três dias a Brasília, o governador Eduardo Campos (PSB) afirmou, ontem, que todas as conversas que manteve com a futura presidente Dilma Rousseff (PT) e membros de sua equipe de transição, como o deputado federal e ex-ministro Antônio Palocci, foram “positivas”.
E fez questão de ressaltar o seu “sentimento de confiança” na competência da ex-ministra da Casa Civil, que aumentou em função da capacidade e da tranquilidade dela para escolher a equipe. “Estamos deixando ela à vontade”, disse o presidente nacional do PSB.
Com o respaldo de ter sido reeleito com mais de 82% dos votos válidos e de presidir um partido que saiu mais fortalecido das urnas, Eduardo falou que os socialistas não estão brigando por cargos.
Está na base de sustentação da petista para somar e não dividir. “Vamos ser parte da solução e não do problema”, frisou.
Mesmo sem citar nenhuma legenda aliada, o governador se referiu ao PMDB, que reivindica cargos-chave na futura gestão.
O PMDB é a sigla do vice-presidente eleito Michel Temer (SP).
Apesar de ressaltar que a conversa com Dilma não girou em torno de cargos, Eduardo explicou que ela falou sobre os critérios técnicos utilizados para a escolha da equipe. “Estou torcendo para que forme a melhor equipe possível.
A equipe é dela.
Não adianta um partido simplesmente indicar.
Não adianta colocar pessoas que não funcionam.
Estou mais feliz com a presidente do que com a candidata”, argumentou.
Os nomes da economia já foram anunciados: Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), que firmaram o compromisso com a contenção de gastos e a austeridade fiscal.
Eduardo informou que, na próxima semana, volta a se reunir com Dilma, em Brasília.
A expectativa é que o PSB permaneça com dois cargos no primeiro escalão, que podem ou não ser os mesmos que ocupam: o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria Nacional dos Portos.
O PSB também está de olho nos Ministérios das Cidades e da Integração Social.