A falta de investimentos do Estado em educação e qualificação de mão de obra foi levada a plenário, hoje, pela deputada Terezinha Nunes.
A parlamentar lamentou o fato de Pernambuco ter deixado de ocupar 2.323 das 8.326 vagas oferecidas nos cursos gratuitos do 5º ciclo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), quando há tanta gente precisando de emprego no Estado. “A nota mínima do Prominp é 4 e foi reduzida para 2 diante da necessidade de preencher as vagas, mesmo assim, mais de duas mil pessoas não conseguiram alcançar essa nota nas provas de português, matemática e raciocínio lógico”, registrou Terezinha. “Isso comprova o que já vínhamos alertando: a educação vai muito mal e a formação de mão de obra não tem sido priorizada, apesar da demanda fortemente aquecida em Suape”.
A deputada lembrou que, durante as eleições, o senador Jarbas Vasconcelos trouxe o assunto à discussão, com base em dados do Jornal do Commercio que indicavam a contratação de 4,3 mil operários de fora de Pernambuco e até do país para a refinaria, estaleiro e polo petroquímico.
Criticou as baixas metas educacionais e desigualdades regionais e cobrou providências. “Se não investirmos em educação e capacitação maciçamente, vamos continuar criando vagas para atender a outros estados e os pernambucanos vão ficar para trás”.
O objetivo do Prominp é formar mão de obra para os empreendimentos de petróleo e gás, especialmente os da Petrobras.
Sua média de empregabilidade é de 80%, com carteira assinada.
Neste ciclo, Pernambuco teve 68.539 inscritos.
A 6.003 foram aprovados.