Luiz Carlos Fernandes, Especial para o Blog de Jamildo O prefeito de Afogados da Ingazeira Totonho Valadares (PSB), afirmou nesta quarta-feira (24) em entrevista polêmica a Rádio Transertaneja FM, ter enviado um ofício para o Secretário de Ressocialização de Pernambuco, coronel Humberto Viana, fazendo a solicitação da retirada do Mine-presídio do Conjunto Residencial Miguel Arraes, em Afogados da Ingazeira, Sertão.
Além de propor a doação de um terreno para a unidade prisional ser reconstruída fora da área urbana do município. “Ainda falei com o coronel Humberto Viana três vezes por telefone, e outra pessoalmente sobre o assunto, não é possível que o coronel ainda diga na mídia que não tomou conhecimento”, disse o gestor.
O Prefeito garantiu que em fevereiro deste ano falou pessoalmente com o governador Eduardo Campos, pedindo que fosse construída uma creche no local do mine-presídio.
Em abril enviou um ofício para o fax do coronel Humberto Viana.
O documento teria sido assinado pelo próprio governador.
Sobre os argumentos do Coronel Viana de que o presídio será reformado e funcionará no local porque na época em que foi construído não existia o Conjunto Habitacional criado pela Prefeitura, Valadares garantiu que já existia habitação na localidade, “Naquela área já tinha o Alto da Bela Vista, o Hospital Regional, que já estava sendo costruído, e o Ciretran”, desmentiu.
Cansado de não conseguir o objetivo na base do diálogo com o governo aliado, o prefeito adotou uma nova estratégia para tentar impedir a reconstrução do mine-presídio: Fiscais da prefeitura estiveram essa semana no local da obra para checar se o projeto de reconstrução tem licença solicitada pela empresa construtora.
No caso de não haver essa aprovação poderá embargar a obra e fazer uma solicitação formal de amparo jurídico do Ministério Público para saber se há legislação que impeça construção de cadeias e presídios em área residencial.
E há: uma lei estadual de 2007, de autoria da Deputada tucana Terezinha Nunes.
Moradores do Conjunto Residencial Miguel Arraes fizeram uma nova manifestação na manhã desta terça (23).
Os manifestantes, liderados pelo líder comunitário José Siqueira, bloquearam o acesso do estabelecimento prisional em reforma.
Eles atearam fogo em pneus e fizeram uma barreira humana com faixas e cartazes.
O ato contou também com a presença de vereadores do município, representantes de ONG’s, cobertura de emissoras de rádio e televisão do estado e policiais militares do 23º BPM.