Em reunião com membros do IBGE nesta quinta feira (25), a Prefeitura de Gravatá apresentou os questionamentos quanto ao levantamento do censo 2010 no município.
As observações feitas pela secretaria de Planejamento com apoio da secretaria de Saúde e outros departamentos da administração municipal, correspondem ao número de habitantes na cidade.
Também participaram do encontro os membros da Comissão Municipal de Geografia e Estatística e representantes da esfera Estadual do IBGE.
De acordo com o secretário de Planejamento, Jaime Prado, a reunião foi convocada para solicitar explicações quanto aos números apresentados na coleta.
Em um relatório final apresentado oficialmente pelo instituto, Gravatá aparece 76 mil habitantes.
Para a Prefeitura, esse número pode não estar correto.
Um trabalho feito com mais de 120 Agentes de Saúde identificou que quase 1500 famílias não foram recenseadas no município.
Isso daria um acréscimo de cerca de 5 mil pessoas a mais residindo na cidade.
Outro questionamento quanto a contagem populacional se refere aos limites territoriais.
Segundo os Agentes de Saúde, moradores do Sítio Telha Branca, que residem próximo a divisa com o município Passira, foram recenseados como parte da cidade vizinha, mas a Prefeitura de Gravatá tem elementos que comprovam que os moradores residem em seu território. “Isso apenas o FIDEM da Agência Estadual de Planejamento poderá identificar.
Caso isso aconteça nós passaremos a contagem das pessoas daquela área de limite municipal para Gravatá”, disse o coordenador Operacional do IBGE, Otacílio Gonçalves.
Quanto aos questionamentos apresentados pela Prefeitura, o IBGE reconheceu a possibilidade de erro. “Num município com 75 mil habitantes a omissão 5 mil pode até acontecer, mas só depois que verificarmos nossa listagem é que posso afirmar se houve mesmo”, disse.
Ele ainda se comprometeu a informar as respostas sobre todas as indagações no prazo máximo de 15 dias.
Preocupação A Prefeitura de Gravatá tem se mostrado preocupada quanto ao resultado do Censo 2010 e procurou o IBGE para apresentar os questionamentos.
Segundo Jaime Prado, um dos maiores problemas está no levantamento de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que leva e consideração a contagem populacional realizada pelo IBGE.
Caso o número esteja realmente fora dos padrões da realidade do município, os recursos para projetos na área social e de infraestrutura, por exemplo, podem não ser suficientes para a demanda do município. “A Prefeitura se coloca mais uma vez a disposição dos recenseadores para fazer qualquer levantamento e coletar novas informações caso preciso”, completou Prado.