Do Jornal do Commercio A denúncia de que a Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa) já havia sido acionada para tapar o buraco onde se afogaram as duas estudantes em Camaragibe será alvo de investigação policial.
O delegado do município, Roberto Geraldo, começa a tomar hoje depoimentos de parentes das vítimas e de testemunhas.
A mãe de Rubenita Carvalho, 17 anos, Maria Neuma Carvalho, diz que vai buscar a Justiça para responsabilizar a concessionária pela morte da filha.
Segundo Roberto Geraldo, o inquérito já está instaurado. “Vamos esperar também os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML)”, afirma.
Na cena do acidente, o perito do IC Maurício Barbosa adiantou que se tratava de afogamento.
Tudo indica que elas lutaram para subir, mas a força da água as impediu. “Estavam com cianose (pele azulada) e tinham várias escoriações, na cabeça, lombar e pernas.” O aposentado Luiz Joaquim do Nascimento, 68, que mora em frente ao buraco, foi um dos que telefonaram para a Compesa desde anteontem pedindo o reparo. “Tudo que ouvia era que precisaria esperar 24 horas.
Passou-se um dia e olha o que aconteceu”, lamentou.
A líder comunitária de Santa Mônica, Maria Vicente, confirma o relato. “Também liguei várias vezes.” A Compesa manifestou-se apenas por meio de nota oficial à imprensa.
Afirma que enviou equipes ao local do afogamento para levantar dados. “A empresa assegura que, logo que tenha todos os elementos que caracterizem adequadamente a ocorrência, disponibilizará estas informações”, encerra o comunicado.