Por Júnior Campos Parece mesmo que a decisão sobre a instalação/reforma de um mini-presídio próximo a Conjunto Residencial Miguel Arraes, em Afogados da Ingazeira, no sertão, está mesmo nas mãos governador Eduardo Campos (PSB), como declarou o Secretário de Ressocialização do estado, Humberto Viana, na última quinta (17), em entrevista em um programa de Rádio da cidade.
Nesta terça (23), manifestantes bloquearam o acesso à unidade carcerária, ateando fogo em pneus, e impediram a retomada dos trabalhos no local.
A comunidade, que mora ao lado da unidade, é contra a construção e o prefeito do município, Totonho Valadares (PSB), através de oficio destinado ao gabinete do governador, sugeriu a doação de outro terreno para a construção do presídio.
O líder comunitário Siqueira Pescador, disse que não é só é a comunidade que é contra a construção. “Não são apenas 225 famílias no lado do prédio.
Tem também hospital e outros prédios públicos“, disse o líder comunitário Pescador.
Sobre a polêmica, o secretário disse que a instalação beneficiaria os familiares dos presos, chegou ainda a destacar que, se houver uma intervenção do governador, o mini-presídio possivelmente não será construído em outra área da cidade, mesmo que a prefeitura ceda.
Já a deputada Terezinha Nunes disse que o Estado não pode construir um mini-presídio em Afogados da Ingazeira, como está anunciado pela pasta de Defesa, porque a Assembléia Legislativa aprovou projeto de sua autoria no qual fica proibida a abertura de detenções em áreas urbanas.
A tucana admite que possa entrar com recurso judicial para barrar o projeto.