O Blog de Jamildo conversou nesta quinta-feira com uma das poucas pessoas que Eduardo Campos dá ouvidos.

A curiosidade girou em torno da briga pública dos deputados da base aliada por postos na mesa diretora da Assembleia Legislativa.Os episódios trouxeram à tona fatos que mostram o poder de interferência do Executivo no Legislativo, apontando que a independência entre os Poderes fica restrita apenas ao discurso.

O interlocutor informou que, entre André Campos e Fernando Coutinho, o Palácio do Campo das Princesas é Coutinho desde criancinha, sem pestanejar, por sua lealdade a Eduardo Campos.

Na avaliação dos governistas, André Campos procura cacifar-se, buscando um cargo na mesa com o apoio do próprio PT. “Ele sabe que o governo tem 41 votos entre os 49 deputados e não tem chance alguma, embora possa ter um voto aqui e outro ali de deputados da base”, contabiliza a raposa felpuda do PSB.

Em um duro discurso feito terça-feira na Assembleia, André Campos acusou Ettore de interferir no Poder e transformar a Casa em uma espécie de “senzala” da Prefeitura de São Lourenço.

André reagiu a um almoço, comandado por Ettore, no qual se tratou da montagem da mesa diretora, alijando o petista de concorrer a 1ª secretaria.

Preterido pelo Palácio, André Campos reclama de interferência no Legislativo Mesmo sem fazer parte do Legislativo, mas aproveitando o livre trânsito que têm no Parlamento e no Executivo, Ettore tem circulado livremente e trabalhado em prol de João Fernando.

Depois de ficar dez dias de férias, o governador reeleito Eduardo Campos (PSB) retornou ontem à noite ao Recife em meio à polêmica.

O governador optou por não falar a respeito do imbróglio envolvendo o deputado estadual reeleito André Campos (PT) e o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PTB) – a quem o petista acusa de querer interferir nas questões internas do Legislativo.

Hoje, o governador tem agenda livre para avançar nas articulações políticas e acalmar a base.

Crítica de André Campos a aliados escandaliza leitor