Do Bem Paraná O ministro do Trabalho e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, disse ontem acreditar que o PDT mereça do governo Dilma pelo menos mais uma pasta e lançou o nome do senador e ex-candidato ao governo do Estado, Osmar Dias (PDT) como um bom nome para o Ministério da Agricultura.
O cargo hoje é ocupado por Wagner Rossi, do PMDB.
A cúpula nacional peemedebista reivindica manter o posto.
Lupi fez a avaliação após ser questionado sobre a suposta aproximação entre Dias e o PT. “Osmar Dias é nosso, não é do PT; ele é meu amigo pessoal.
Se tem alguém que o incentivou a ser candidato, fui eu”, defendeu.
Em seguida, Lupi emendou que o candidato ao governo do Estado, que perdeu a última eleição para o tucano Beto Richa (PSDB) no primeiro turno, seria “um excelente ministro da Agricultura”, por exemplo. “Ele conhece profundamente o assunto.
Teria total e irrestrito apoio meu e do partido, mas quem escolhe não sou eu, é a presidente Dilma”, considerou.
Essa é a primeira vez que Dias é citado abertamente por um membro do governo.
Nos bastidores, no entanto, seu nome sempre aparece como uma opção para a Agricultura.
O deputado federal paranaense reeleito e ex-ministro da Pasta, Reinhold Stephanes (PMDB), por exemplo, que também é um dos candidatos informais ao cargo, também demonstra simpatia por Dias. “A Agricultura precisa de alguém que conheça o assunto e que tenha personalidade para tomar decisões e Osmar Dias tem esse perfil”, avaliou Stephanes.
Em relação à sua própria continuação do cargo, Lupi desconversa. “Não sei se eu vou ser, isso não depende de mim.
Depende mais de Dilma do que de mim, eu cumpri a minha parte”, disse.
Para ele, o apoio recente que recebeu das centrais (com exceção da Central Única dos Trabalhadores, CUT) é algo que faz parte do jogo político.
O ministro salientou que conhece Dilma há 30 anos e que tem certeza de que suas escolhas não serão por “amiguismo”.
Para ele, a nova presidente vai avaliar política e administrativamente possíveis nomes. “Agora, um ministério é muito pouco para o PDT”, enfatizou.
Lupi salientou que, na primeira eleição de Lula, o partido não apoiou a candidatura de Lula. “Apoiamos Cristóvão (Buarque), que foi nosso candidato e fomos para o segundo turno com independência.
Eu apoiei o Lula, mas parte do partido não apoiou, e nos deram o Ministério do Trabalho”, argumentou.
Já em relação à Dilma Rousseff, o PDT foi o primeiro a apoiar a candidatura, segundo o ministro. “A apoiamos antes do PT.
Eu disse que Dilma ia ganhar no primeiro turno.
O nosso erro foi não avaliar os adversários, como eles iam jogar”, lembrou.