Luciana Marques, na Veja Para desfazer o mal estar com Dilma Rousseff depois da criação do chamado superbloco liderado pelo PMDB na Câmara dos Deputados, o vice-presidente eleito Michel Temer propôs na manhã desta quarta-feira a inclusão do PT no grupo.

A proposta foi feita em reunião com a presidente eleita na Granja do Torto.

O bloco, composto por cinco partidos (PMDB, PR, PP, PTB e PSC) e com 202 deputados federais, serviria como ferramenta para pressionar o futuro governo sobre projetos em discussão no Congresso.

A aliança ainda garantiria a indicação à presidência da Câmara - cargo que ficaria com o PMDB.

Diante da insatisfação do PT, que não havia sido convidado para integrar o grupo, Temer foi discutir o papel do bloco com a presidente eleita.

Ele esclareceu que o grupo servirá como base de sustentação parlamentar do governo, não como oposição.

Temer deve conversar nos próximos dias com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e com os deputados federais Cândido Vaccarrezza (PT-SP) e Fernando Ferro (PT-PE) para convidar a legenda a participar do superbloco.

Vaccarezza disputa com Henrique Eduardo Alves (PMDB-SP) a Presidência da casa.

O mais provável é que cada um presida a Câmara durante dois anos.

Mas o acordo, segundo Dutra, ainda não foi selado formalmente.

Dilma e Temer também conversaram sobre a composição da Esplanada dos Ministérios.

A presidente eleita disse que até o dia 15 de dezembro apresentará os nomes indicados para compor os ministérios.

A equipe econômica será a primeira a ser anunciada, de acordo com Dilma.

Ela também manifestou a Temer sua intenção de aumentar a participação das mulheres no primeiro escalão do governo.