Giovanni Sandes, do Jornal do Commercio O Sindicato dos Bancários de Pernambuco está preocupado com a mudança do banco em que os 215 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas recebem seus contracheques do governo do Estado.
O Santander continuará prestando o serviço até janeiro que vem.
No mês seguinte, o Bradesco assume os pagamentos.
A perda de milhares de clientes de uma só vez, entende o sindicato, pode resultar em um grande volume de demissões.
O Santander conta com aproximadamente 1.000 funcionários em Pernambuco, em cerca de 85 agências bancárias.
São mais de 300 mil clientes, sendo dois terços deles na capital.
Para se ter uma ideia de como o grande volume de servidores provocará uma dança de números, somente para atender ao crescimento imediato dos seus correntistas, com uma folha de pagamentos de R$ 480 milhões por mês, o Bradesco abrirá 12 agências no interior e uma em Fernando de Noronha.
Como são pontos de atendimento de portes diferentes, comenta o diretor de Poder Público do Bradesco, Renan Mascarenhas Carmo, não é possível calcular com precisão a quantidade de novas contratações necessárias para atender a seus clientes.
Presidente do Sindicato dos Bancários, Jaqueline Mello diz que a categoria se sente frustrada com a mudança de banco. “Na realidade, achamos que a folha de pagamentos deveria estar vinculada a um banco público.
Mas, por já estar com o Santander há tanto tempo, esperávamos que continuasse com ele, para evitar desmobilização de pessoal”, avalia Jaqueline Mello.
Na opinião dela, o Santander tem um quadro de funcionários muito enxuto. “A questão é que, como sabemos, mesmo com os bancos tendo lucros recordes um atrás do outro, eles sempre querem cortar custos.
Se por um lado ainda não há sinalização alguma sobre demissões, sabemos como é (que o setor funciona)”, diz.