Do site da Folha de São Paulo O processo de escolha da gráfica que imprimiu o Enem 2010 favoreceu desde o início a empresa vencedora, afirmou uma das concorrentes. logo após o lançamento do edital, em junho, a Posigraf (do Grupo Positivo) pediu impugnação do processo, alegando que parte das exigências não eram “imprescindíveis” para a disputa e que havia “fundado receio de que apenas a RR Donnelley” atenderia aos pedidos.
A alegação não foi aceita pelo Inep (órgão de avaliação do Ministério da Educação).
Na disputa, a gráfica Plural [parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics] ofereceu o melhor valor, mas o Inep alegou na Justiça que a empresa não conseguiu comprovar capacidade técnica para a impressão com “sigilo e segurança”.
A Justiça aceitou a argumentação, e venceu a RR Donnelley.
A multinacional admitiu que errou na impressão de 21 mil provas.
Esse é um dos problemas que levou a Justiça a suspender o exame.
Além do Enem, a RR Donnelley venceu mais duas licitações do Inep deste ano.
Deve ganhar a quarta, em processo a ser finalizado hoje.
OUTRO LADO Em resposta ao pedido de mudança do edital para o Enem, a área técnica do MEC disse que as exigências não apresentavam “nada de extraordinário”.
E que os critérios de segurança foram “amplamente debatidos” após o vazamento do Enem em 2009.A gráfica RR Donnelley foi procurada ontem, mas não retornou.
Também ontem, em nota, o MEC disse que as exigências do edital foram discutidas em audiência pública.
E que não houve contestações, “o que inclui a Gráfica Plural [parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics]”.
A pasta diz que estuda sanções à RR Donnelley devido aos problemas de impressão.