Por Gustavo Krause Terminada a eleição, saem dos armários do governo assombrosos esqueletos.
Guardados a sete chaves e protegidos pelo diversionismo que provoca o período eleitoral, estes esqueletos aparecem em desfile macabro como um prolongamento do dia das bruxas.
Tem fantasia de todo tipo.
A CPMF é um esqueleto fantasiado de besta-fera. É o porta-bandeira.
Sua volta não foi uma “perua”, foi uma proposta lançada por vários governadores eleitos (do tecnocrata tucano Anastasia ao esperto socialista Eduardo Campos que já deu marcha a ré).
A Presidente fez cara de paisagem, mas é co-autora do estelionato eleitoral: prometeu no altar das promessas fajutas não aumentar a carga tributária.
De outra parte, Lula não se conforma com a derrota da CPMF.
E não é por amor à saúde: a aprovação da Emenda abriria caminho para o terceiro mandato.
Este é o motivo do seu ódio aos senadores da oposição.
Esqueceu que, na época, a mobilização nacional ganhou a parada.
Mais dinheiro para saúde é empulhação.
A arrecadação aumentou o equivalente a dois CPMFs; o dinheiro da CPMF foi para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza para financiar, entre outros programas, o do bolsa-família.
Por sua vez, o fantasminha do TCU, nada camarada, colocou na avenida obras irregulares no valor de 32 bilhões de reais.
São esqueletos que integram a ala do bloco dos sujos.
Mas o Presidente que odeia quem contraria seu gigantesco voluntarismo usa a retórica e a estratégia habitual para defender a mutretagem, qual seja, jogar a órgão fiscalizador contra o povo o que reflete a essência do lulismo no desprezo pelas instituições.
Enquanto isto, a tchurma do governo afia o facão para enfiar nas costas dos policiais militares do Brasil inteiro e cortar a cabeça de Henrique Meireles.
A bancada governista que já não precisa, por enquanto, dos votos dos policiais vai sentar em cima da PEC 300 que equipara a remuneração das polícias estaduais a de Brasília.
Ao mesmo tempo o fogo amigo petista se encarrega de carbonizar o neoliberal Henrique Meireles, um estorvo para a presença do monumental esqueleto das contas públicas, em plena gestação, na folia da gastança.
Por sua vez, a MP 511, a que viabiliza o trem…bala na cabeça do contribuinte, consagra, em definitivo, o lema do governo: privatizar lucros e socializar prejuízos.
Cerca de 50 bilhões de reais vão para a conta da “viúva” que garante tudo com um grande final que é a tungada no meu, no seu, no nosso dinheirinho. É outro esqueleto, candidatíssimo a novo porta-bandeira do desfile.
Do Rio a Campinas, passando por São Paulo, será vapt-vupt e os passageiros do trem apertarão cintos a “módicos” duzentos reais.
E os engarrafamentos das cidades brasileiras ó!
Fantasiado de lobo mau, o ENEM é um esqueleto feito para assustar os vestibulandos com data marcada.
Trata-se de incompetência reiterada, como tantas outras salvas pela saliva do animador de auditório, nosso presidente-camelô.
E por falar em animador de auditório, só foi passar as eleições para que saísse do armário a fraude bilionária do Banco Panamericano, sócio da NOSSA CAIXA, quer dizer, deles, os dois maiores comunicadores do Brasil, Silvio Santos e Lula.
Que baita esqueleto!
Adentra na avenida, lindo, maravilhoso, rechonchudo, é o próprio Rei Momo da carnavalização da política brasileira, nutrido pelas garantias oferecidas por Sílvio.
Tudo, dizem, as autoridades, sem dinheiro do governo (Fundo Garantidor de Crédito).
Não é o que diziam do PROER quando estavam na oposição.
No entanto, dizem as más línguas que as bolinhas de papel jogadas na cabeça de Serra e captadas pelas câmeras do SBT….deixa prá lá. É coisa de fofoqueiro.