Por Terezinha Nunes Enquanto o Governo de Pernambuco anuncia uma queda de 13% no índice de homicídios no Estado, a sensação de insegurança entre os pernambucanos é cada vez maior, devido a falta de controle de outros tipos de crime.
Não há um só dia em que a imprensa não divulgue notícias de assaltos dos mais diversos tipos, nem uma só pessoa que não conheça uma vítima da criminalidade, isso quando ela mesma não foi a vítima.
As explosões de caixas eletrônicos viraram febre e estão incontroláveis, aparentemente pela facilidade que os bandidos vêm encontrando.
Eles chegam, explodem os caixas, levam o dinheiro e simplesmente somem.
Até mesmo o caixa de dentro da Prefeitura de Abreu e Lima já sofreu tal ação.
Levantamento da própria Secretaria de Segurança Pública indicou 46 ações criminosas a caixas eletrônicos este ano.
Este ano, em Pernambuco.
Em 30 delas, os ladrões conseguiram levar o dinheiro.
Na maioria dos crimes, os bandidos utilizaram explosivos e maçaricos para abrir os terminais.
A tensão é tão grande que, na semana passada, policiais militares confundiram prestadores de serviços do banco Itaú com assaltantes de caixa eletrônico, em Olinda.
Por sua vez, os trabalhadores e o segurança do banco também acharam que os PMs eram ladrões.
Houve tumulto, tiros e, por muita sorte, ninguém saiu ferido.
A violência também voltou a assustar os moradores de Santo Amaro, que, após cinco meses sem homicídios, foi palco de um tiroteio entre traficantes rivais que resultou na morte de duas pessoas inocentes, uma idosa de 73 anos e de um homem de 50 anos, além deixar um rapaz de 30 anos ferido.
Na ocasião, os moradores disseram que os tiroteios voltaram a ocorrer com regularidade.
Outro tipo de crime que vem se repetindo no Estado é o assalto a grupos.
No final de outubro, doze secretários de Educação do Rio Grande do Norte foram assaltados, na BR-101 Norte, em Igarassu, quando um Siena trancou a van em que viajavam.
Dois bandidos desceram, entraram na Van e obrigaram o motorista a seguir por uma estrada de barro.
Percorreram cerca de 3 km e pararam para roubar 20 celulares, dois notebooks e aproximadamente R$ 10 mil das vítimas.
No dia 19 deste mês, uma lotação que transportava sulanqueiros para a Feira da Sulanca em Caruaru, foi assaltada por três homens, na BR 104.
Os bandidos levaram o veículo, as mercadorias e o dinheiro dos passageiros.
O interior continua mais vulnerável, não só a assaltos a bancos e grupos de viajantes, mas também a homicídios.
No dia 4 passado (quarta-feira), Pesqueira registrou três assassinatos num único dia.
Se os índices de homicídios estão diminuindo (embora ainda muito altos), ótimo.
O que não pode é “cobrir um santo para descobrir outro”, como diz o ditado popular.
O governo precisa agir com urgência para evitar que os bandidos avancem tão facilmente e com tanta ousadia por qualquer caminho da criminalidade.
Gostaria de finalizar com a frase da professora Elizabete Barbosa: “Pensei que a fama de violência de Pernambuco se resumisse a roubo de bolsas.
Jamais imaginei que poderia se assaltada no meio da estrada”.
PS: Terezinha Nunes é deputada estadual pelo PSDB