Por Maria Clara Cabral, na Folha.com O vice-presidente da República eleito, deputado Michel Temer (PMDB-SP), disse na tarde desta terça-feira que só deixará o cargo de presidente da Câmara um pouco antes de sua diplomação, que está marcada para o dia 17 de dezembro. “Agora não pretendo sair.
Até porque não quero causar problema para a Casa”, disse.
Além de presidir a Câmara, Temer ainda coordena os trabalhos de transição do governo e preside o PMDB.
Caso ele deixasse a presidência antes de 30 de novembro, os deputados teriam que fazer uma nova eleição.
Mais cedo, Temer esteve reunido com o vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), a quem comunicou que deve gradualmente se afastar da condução das sessões de plenário e da coordenação da pauta.
Ao chegar na Câmara, Temer não quis comentar a possibilidade de aprovar um aumento no salário dos parlamentares e da presidente eleita, Dilma Roussef, ainda nesta Legislatura.
A Folha revelou hoje que alguns congressistas articulam essa possibilidade. “Ninguém tocou nesse assunto comigo”, disse.
A reunião de líderes que estava marcada para acontecer às 14h30 de hoje para acertar a pauta de votações foi cancelada.
Temer disse que o motivo foi a falta de acordo para votar as 12 medidas provisórias que trancam a pauta da Casa.