Da Agência Estado Apesar de o pagamento de dívidas continuar sendo o principal destino do 13º terceiro salário, aumentou neste fim de ano a parcela de brasileiros que pretende usar esse recurso extra para consumir, guardar para pagar despesas compulsórias com impostos e matrículas escolares em janeiro ou simplesmente poupar.
Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), realizada no mês passado com 567 consumidores de todos os estratos sociais, revela que houve uma redução, de 64% em 2009 para 57% este ano, dos que planejam quitar dívidas com os recursos do 13º salário.
Ao mesmo tempo, aumentou de 17% em 2009 para 19% neste ano a parcela dos que vão usar esse dinheiro extra para ir às compras.
Entre os principais desejos de consumo estão eletrônicos e portáteis (76%), telefones celulares (75%) e computadores (50%). “Como neste ano a economia melhorou em relação ao desempenho 2009, quando a atividade foi afetada pela crise, o brasileiro está hoje com mais renda no bolso, oferta de emprego e disponibilidade de crédito.
Combinados, esses fatores alteraram o mix de gastos do 13º salário”, observa o vice-presidente da Anefac e responsável pela pesquisa, Miguel Ribeiro de Oliveira.
A melhora no ambiente econômico fez com que 12% dos entrevistados declarassem que planejam aplicar parte desse salário extra para pagar gastos com impostos (IPVA e IPTU), material e matrículas escolares.
No ano passado, 10% dos consumidores informaram que usariam o 13º salário dessa forma.
Também aumentou, de 1% em 2009 para 3% neste ano, o porcentual dos que pretendem poupar.