Da revista Exame Novas medidas para suavizar o câmbio são necessárias e não precisam esperar o início do governo Dilma.

A avaliação é do empresário Pedro Luiz Passos, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), entidade que reúne grandes companhias nacionais. “Os nossos saldos comerciais na indústria de média e alta tecnologia são alarmantemente negativos.

Além da queda das exportações, estamos perdendo também mercado interno para os produtos importados”, diz o empresário. “Como o próximo governo vai continuar a política em vigor, temos todas as razões para acreditar que isso possa ser feito já, sem necessariamente esperar a transição para a próxima presidente.” As questões estruturais também requerem urgência, na visão do IEDI.

Um ajuste fiscal rigoroso que permita a redução do juros está na lista de prioridades do setor privado. “É absolutamente importante uma ação coordenada entre política fiscal e política monetária.” Quando o assunto é a recriação da CPMF, os empresários sentem frio na espinha. “A discussão desse tema no momento em que estamos preocupados com medidas estruturais de aumento de produtividade e de melhoria do ambiente de negócios no país é uma ducha de água fria”, diz Pedro Luiz Passos, que também é co-presidente do Conselho de Administração da Natura.