No Jornal do Commercio BRASÍLIA – A presidente eleita, Dilma Rousseff, comanda hoje, no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, a primeira reunião de transição de governo com a presença de seu vice, Michel Temer (PMDB-SP).

Dilma acertará com os quatro coordenadores detalhes da transição e das conversas com os partidos aliados para a composição do ministério. À noite, ela vai para Seul, capital da Coreia do Sul, participar, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do G-20, que reúne as 20 maiores economias do mundo.

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) anunciou para hoje o início do planejamento das atividades: “Vamos ver os projetos que estão em curso, os primeiros atos”, disse ele, que coordena a transição ao lado de Temer, do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e do deputado Antônio Palocci (PT-SP).

Amanhã, Dutra, escalado por Dilma para conversar com os partidos aliados, se encontrará com o PCdoB.

Ele já se reuniu com o PMDB e o PSB.

O PCdoB pretende reivindicar a manutenção de Orlando Silva no Ministério do Esporte e de Haroldo Lima na Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Também defenderá a indicação de um de seus membros para uma das pastas ligadas a movimentos sociais.

Dutra deverá se encontrar, também esta semana, com lideranças do PDT.

O partido quer manter o comando do Ministério do Trabalho, área que considera vital, e reivindicará uma outra pasta.

Uma das visadas é a da Pesca.

PALOCCI Oito anos após haver comandado a histórica transição entre as administrações de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Antônio Palocci volta hoje ao mesmo prédio, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), para iniciar a passagem entre os governos de Lula e Dilma Rousseff.

Após a reunião com a presidente eleita, ele recebe o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, encarregado de pilotar as discussões técnicas da transição pelo lado do governo.

Formalmente, quem coordena a transição é o ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima.

Ele ficará a cargo das tarefas mais burocráticas.

Duas equipes vão cuidar dos trabalhos, cujo objetivo é evitar interrupções no funcionamento da máquina pública durante a troca de comandos.

Dilma pode nomear até 50 pessoas para assessorá-la e dispõe de R$ 2,8 milhões para pagar salários.

Na semana passada, ela enviou ao Planalto uma lista com 39 nomes que comporão a equipe num primeiro momento.

Os assessores da presidente eleita receberão senhas para acessar um portal que conterá informações de cada pasta: qual o orçamento, quais os programas em andamento e o estágio de cada um, quanto da verba já foi gasta.

Foi elaborada, também, a chamada “agenda 120”, que lista problemas a serem resolvidos nos primeiros quatro meses de governo.

A equipe de Dilma elaborará metas a serem atingidas nos 100 primeiros dias de governo.