Da Revista Época Acusado pelo Ministério Público de ter falsificado uma declaração de alfabetização ao registrar sua candidatura a deputado federal, Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, recorreu à medicina.
Um laudo médico anexado a sua defesa diz que o humorista tem Transtorno de Desenvolvimento da Expressão Escrita, uma deficiência motora que o impediria de segurar uma caneta com firmeza.
A defesa afirma que Tiririca contou com o auxílio de sua mulher para escrever de próprio punho a declaração de alfabetização, exigida pela Lei Eleitoral.
A mulher de Tiririca teria apoiado sua mão sobre a mão do marido para ajudá-lo a firmar a caneta no momento da redação.
Por causa da deficiência, diz a defesa, Tiririca também estaria impossibilitado de fazer testes de escrita.
Para provar que o deputado eleito com 1,3 milhão de votos é alfabetizado, condição necessária para garantir sua posse, a defesa reconstituiu a biografia do humorista.
O documento diz que ele não frequentou escola por ter sido criado por um padrasto que batia muito nele.
A relação familiar difícil teria feito com que Tiririca saísse de casa ainda criança para trabalhar num circo.
Só a partir dos 12 anos, por iniciativa de uma funcionária do circo, ele começou a ser alfabetizado, diz.
A infância difícil é apontada pelo laudo como um dos fatores que causaram os problemas motores de Tiririca.