Segundo a instituição, Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 5,2% em 2008, no lugar dos 5,1% divulgados anteriormente.
Resultado foi impulsionado pela agropecuária, que cresceu 6,1% RIO – O desempenho da economia brasileira em 2008 foi um pouco melhor do que o anunciado pelo IBGE no ano passado, quando foi divulgado um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,1%.
Ontem, o instituto apresentou a revisão final no resultado do PIB daquele ano para 5,2%.
O coordenador de contas nacionais, Roberto Olinto, explicou que as mudanças nos dados não trazem novas reflexões sobre o desempenho da economia no período. “As variações são pequenas e ocorreram por causa de maior detalhamento dos dados, que permite maior precisão”, disse ele.
Tradicionalmente, os resultados definitivos do PIB de determinado ano são divulgados quase dois anos após o seu final, como é praxe internacional.
No caso do IBGE, são incorporados dados de pesquisas anuais de serviços, construção, comércio e indústria realizadas pelo próprio instituto.
Entre os setores pesquisados, a revisão do PIB refletiu sobretudo a mudança na variação registrada na agropecuária, cujo crescimento em 2008 passou de 5,7% divulgados anteriormente para 6,1%.
Olinto observou que a mudança ocorreu por causa de novos dados fornecidos pela Pesquisa Agropecuária Municipal (PAM) do período.
Já a indústria teve o resultado revisto para baixo, de 4,4% para 4,1%.
De acordo com Olinto, a mudança também reflete a análise de dados antes projetados e agora já consolidados e que confirmam os problemas enfrentados pelo setor no último trimestre de 2008, com o agravamento das turbulências econômicas internacionais.
Os serviços, setor com maior peso no PIB brasileiro, passaram de uma alta de 4,8% para 4,9%. “A avaliação é que as mudanças são marginais, a interpretação macroeconômica não foi alterada”, disse o coordenador.
Do lado da demanda, com as revisões, o consumo das famílias teve a variação revisada de 7% para 5,7%, o consumo do governo de 1,6% para 3% e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, que sinaliza o desempenho dos investimentos), de 13,4 para 13,6.
A variação das exportações passou de -0,6% para 0,5% e as importações, de 18% para 15,4%.