A Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro (PSB) defendeu nesta quinta-feira (4), em Brasília, o discurso de que a legenda é ator de destaque na governabilidade brasileira, com foco na manutenção do ciclo de desenvolvimento do País.
A postura foi assumida no momento em que se especula, em todo o País, qual será a composição do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. “Nosso compromisso não é negociar cargos ou constranger a presidente eleita com indicações. É ajudar na governabilidade. É assim que o PSB faz política.
Por isso, no governo da presidente Dilma, agiremos com a mesma correção e lealdade com que agimos no governo do presidente Lula.
Deste modo, o sucesso de Dilma será o sucesso do PSB”, enfatizou o presidente nacional da sigla, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos. “O PSB deve e vai contribuir para que a gente possa descongestionar a área do debate político, estender as mãos aos adversários, desmontar os palanques e poder contribuir para o diálogo na vida brasileira”, completou.
As declarações foram dadas durante reunião da CEN, que teve como pauta avaliar o resultado eleitoral deste ano e discutir as perspectivas.
O evento contou com a presença de diversos deputados federais, os senadores eleitos, além dos seis governadores socialistas escolhidos pelo voto popular.
SAÚDE Eduardo Campos ressaltou, ainda, que a negociação de cargos entre partidos e também com a oposição é menos importante que o problema atravessado hoje na área da saúde. “Em vez de estar discutindo nomes, brigas de partido, o Brasil tem que enfrentar o problema da saúde.
A saúde vive uma crise severa, que atinge todas as cidades, grandes ou pequenas”, ressaltou.
E considerou, inclusive, a possibilidade da criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). “Melhorar a qualidade do gasto é um desafio, mas nós precisamos de mais dinheiro na saúde.
Se para isso for necessário votar uma contribuição social específica sobre movimentação financeira, nós haveremos de fazer isso”, afirmou.