Do Jornal do Commercio A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) registrou um lucro de R$ 72,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, o que significou uma queda de 19,7% comparando ao mesmo período de 2009.
Nos nove primeiros meses de 2010, o lucro da distribuidora ficou em R$ 279,5 milhões, sendo 14,1% menor do que os R$ 325,3 milhões registrados de janeiro a setembro do ano passado.
Um dos motivos que contribuíram para isso foi a redução na tarifa de energia que entrou em vigor no último dia 29 de abril.
A conta ficou 14,48% menor para os clientes de baixa renda da companhia, enquanto o restante dos clientes residenciais tiveram uma redução de 8,87%.
Os consumidores de baixa renda são aqueles que consomem até 220 quilowatts-hora (kWh) e são inscritos em algum programa social do governo.
A redução da conta incluiu os grandes clientes da empresa (como a indústria e comércio) com índices que variaram entre -2,65% e -6,25%.
O preço da conta caiu, mas a quantidade de energia vendida pela companhia aumentou em 6,1% até setembro deste ano.
Todas as classes de clientes aumentaram o consumo, com exceção da iluminação pública.
Segundo informações da própria Celpe, a estimativa é que ocorra um aumento de 8,1% na quantidade de energia vendida este ano no Estado.
Também aumentou em 3,1% o número de clientes da empresa, passando a ter mais de 3,08 milhões de consumidores.
Já o dono da Celpe, o Grupo Neoenergia apresentou um lucro de R$ 443,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, resultado 16,83% maior ao apresentado em 2009.
Até setembro, o lucro da holding cresceu 15,65%.
AUMENTO O próximo reajuste da conta de energia dos pernambucanos deve “pipocar” em abril de 2011, segundo o diretor do Instituto Ilumina Nordeste, Antonio Feijó.
O Ilumina é uma entidade que atua no setor elétrico.
Segundo ele, a conta vai ficar mais salgada por dois motivos. “O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) está em 8% e as térmicas estão trabalhando há alguns meses”, comenta.
O IGP-M entra no cálculo do reajuste da tarifa de energia.
Já as térmicas começaram a produzir energia desde junho para compensar o baixo nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do País e essa conta deverá ser dividida por todos os brasileiros.
A energia das termelétricas é mais cara, porque elas usam como matéria-prima o gás natural ou o diesel, enquanto as hidrelétricas utilizam a água.