Da revista Época Setores do PT já trabalham com uma estratégia alternativa para garantir a presidência da Câmara nos próximos dois anos, caso não haja acordo com o PMDB.
Os partidos travam uma disputa para comandar a Casa no primeiro biênio, considerado o mais importante, quando a presidente eleita, Dilma Rousseff, que tomará posse no dia 1.º de janeiro, encaminhará ao Congresso os projetos prioritários para o novo governo e o Legislativo iniciará as discussões das reformas constitucionais.
O plano B petista prevê o isolamento do PMDB e a aproximação com o PSB, o PDT e o PC do B, o chamado bloquinho, partidos da base que somam quase o mesmo número de deputados eleitos pelo PMDB.
O PT elegeu 88 deputados, seguido pelo PMDB, 79 e, como maiores partidos, reivindicam a indicação do presidente da Casa.
O bloquinho soma 77 deputados.
No caso da insistência do PMDB em não aceitar um petista no primeiro biênio, o caminho petista prevê uma troca de apoios com os outros partidos, escanteando os peemedebistas.
O PT indicaria o presidente nos primeiros dois anos e o bloquinho indicaria um nome para o segundo biênio.
A tática serve para pressionar o PMDB a um acordo, mostra a animosidade existente entre os principais partidos que se alinharam para eleger Dilma Rousseff e revela a disposição do PT em não abrir mão de comandar a Câmara nos primeiros anos do mandato da petista.