Do Consultor Jurídico Cerca de 495 mil eleitores de São Paulo tiveram seus votos para deputado federal jogados fora.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral apontam que 140 candidatos ao Congresso Nacional pelo estado tiveram o registro de suas candidaturas indeferidas.

Um deles é Paulo Maluf (PP-SP), que sozinho recebeu 304 mil votos.

Caso sua candidatura seja deferida, o quociente eleitoral muda e, além de Maluf continuar na Câmara, pode levar consigo alguns candidatos do mesmo partido.

Por enquanto, o seu recurso pelo deferimento do registro foi negado pelo ministro Marco Aurélio, do TSE, no dia 18 de outubro.

O Plenário da corte ainda analisará o caso, que ainda pode chegar até o Supremo Tribunal Federal.

Além de Paulo Maluf, meia dúzia de candidatos, que obtiveram votos suficientes para se eleger e cujas candidaturas podem ser deferidas, poderão alavancar posições.

Com isso, a composição final do Legislativo Federal ainda está indefinida.

Recursos sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010) ainda deixam como incertos os cenários que as Assembleias Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado terão.

Mais de um milhão dos 2,7 milhões de paraibanos votou em Cássio Cunha Lima (PSDB).

O ex-governador teve sua candidatura para o Senado barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral no último dia 22 de outubro.

Ele responde pelos crimes de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006.

Em seu lugar, foram eleitos Vitalzinho (PMDB), com 869 mil votos, e Wilson Santiago (PMDB), com 820 mil.

Em virtude do coeficiente eleitoral, os resultados dos julgamentos dos tribunais podem tirar os mandatos de muitos eleitos.

Essa relatividade, no entanto, não é tão radical. É o que afirma o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski.

Ele não acredita em alterações radicais na lista dos parlamentares eleitos para tomar posse no próximo ano. “Se analisarmos o quadro nacional, vamos verificar que esses problemas são pontuais.

Majoritariamente, o Congresso Nacional está definitivamente composto e o resultado final dessas eleições não depende mais da Justiça Eleitoral, que já deu seu veredicto em relação a essa lei”, explica.