O governador reeleito de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, embarcou agora à tarde para Brasília. À noite encontra-se com o presidente nacional do PT José Eduardo Dutra.
Apesar do tema óbvio do encontro, Campos nega que já esteja tratando da partilha de ministérios do governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT). “Não estamos tratando de ministério.
A posição do PSB é de contribuir.
Nossa relação com o presidente Lula foi baseada nisso e assim será com Dilma.
Nosso apoio não é baseado em troca de cargos.
Queremos saber como podemos ajudar o governo.
Dentro ou fora dele.
Não vamos fazer disso um problema. É a presidenta que vai dizer como podemos participar”, desconversou Eduardo Campos em encontro com a imprensa na manhã desta quarta-feira (3), em Pernambuco.
Questionado sobre a situação do PMDB, Eduardo disse não querer fazer comentários.
Mas sem citar o partido, Campos deu estocadas no PMDB, aliado de Dilma que sentiu-se incomodado por não ter sido convidado para a primeira reunião com Dilma, em Brasília. “Somos aliados acostumados a resolver problemas e não a criar.
Já tem gente demais para criar problema.
E essa é uma postura que nos diferencia”, afirmou.
Nos bastidores, o comentário é que o PSB tem interesse nos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.
Por eles a legenda deve brigar com o PMDB.
No governo do presidente Lula, o partido comanda o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Secretaria Especial de Portos, que tem status de ministério.
No entanto, as duas pastas são consideradas muito técnicas e sem a interface política, especialmente com o Nordeste, buscada pelo partido atualmente.