Na Folha Online Joseph Nye está otimista com o Brasil.
O cientista político que inventou o termo “soft power” (poder de influir pela inspiração) e é reverenciado dos dois lados do espectro político americano acha que o país ganhou estatura internacional.
E deve continuar crescendo até virar uma potência política –algo que almeja, mas ainda não é.
Para Nye, só há dois jeitos de a próxima presidente errar. “Se cometer erros em casa e houver uma perda de confiança na economia.” Ou se de Dilma Rousseff avançar na corte ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. “Lula já está andando sobre gelo fino com o Irã.
Ela, se andar sobre gelo fino, afunda.” Nye, que trabalhou sob os governos Jimmy Carter e Bill Clinton, atribui os holofotes sobre o Brasil não à política externa atual –que ele classifica como “por vezes equivocada”.
Eles são atraídos, diz, pela estabilidade econômica vinda das reformas que Fernando Henrique Cardoso começou e Luiz Inácio Lula da Silva continuou (é só assim, num conjunto bipresidencial, que ele explica o avanço do Brasil).
Por isso, o professor da Universidade Harvard acha que pouco pesa o fato de o país ter um líder sem sal –e a avaliação seria a mesma para José Serra– após dois presidentes carismáticos. “O caminho para o Brasil se fortalecer é doméstico.
Se eu fosse o próximo presidente, eu me empenharia aí.” Leia os principais trechos da entrevista que Nye deu à Folha em sua sala na Kennedy School of Government, antes do segundo turno da eleição.
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