Por Gustavo Bezerra Depois da majestosa noite de ontem, uma pergunta me deixou intrigado.

Quanto vale a dignidade de um homem?

Um mandato de deputado estadual?

Alguns mandatos de vereador?

A união de um partido corrupto e sem escrúpulo?

Uma promessa de apoio a candidatura a prefeito?

A humilhação de uma família inteira?

A desmoralização de um jovem político, inclusive com insinuações maliciosas?

O medo de ser isolado dentro do partido?

O futuro político?

O reconhecimento da fraqueza diante da fera?

Talvez algum valor?

Eu me arrisco a dizer que a dignidade não tem título, desculpas, futuro político, preço, não tem medo.

A dignidade não é covarde.

Eu me arriscaria a dizer que a dignidade não olha para o seu umbigo, para o seu grupo; ela olha para frente, para o futuro, para o outro; ela jamais se deixa levar por interesses mesquinhos, duvidosos, mentirosos.

A dignidade de um homem é medida pelos seus atos.

Não adianta encher o peito e gritar nos quatro cantos que é honesto, ético, que tem senso moral.

A sua ação é que vai dizer se você tem essa ética e honestidade toda que você acha que tem.

Não adianta se apresentar como o novo, aquele que veio fazer diferente, e se comportar como os coronéis, como os pilantras da política, camuflando, enganando, mascarando.

Não adianta se fantasiar com pele de carneiro, sendo um lobo.

Talvez demore um pouco, mas logo, o povo descobrirá a farsa.

O lobo tem odor pesado.

Para Gandhi a dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros.

Devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.

Para Kennedy se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um canalha a menos.

Não adianta colocar máscaras, elas um dia cairão e ao caírem todos saberão quem zelou pela sua dignidade e quem foi um canalha.

PS do leitor: Acompanhando suas matérias sobre o caso ficha limpa e adimiro a sua independência.

Sou de Santa Cruz do Capibaribe, formado em jornalismo pela UEPB e diante da votação, terça passada, das contas do ex prefeito José Augusto, e a submissão dos veradores da situação, em detrimento da honestidade, da ética e da moral, resolvi fazer um artigo sobre o caso.

Estou te enviando e gostaria de vê-lo publicado no Blog do Jamildo, que considero independente.