O senador Romeu Tuma (PTB), 79 anos, morreu nesta terça-feira (26/10), segundo informações do portal G1.

Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, onde foi submetido a uma cirurgia cardíaca.

Tuma estava hospitalizado desde setembro.

A cirurgia feita foi no último dia 2 para a implantação de um Berlin Heart, espécie de coração artificial.

Perfil Nascido na capital paulista em 4 de outubro de 1931, Tuma era policial, formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ele ingressou na carreira policial aos 20 anos.

Durante o regime militar, tornou-se investigador e delegado de Polícia em 1967, quando ingressou no Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops).

Exerceu o cargo de diretor de Polícia especializada entre 1977 e 1983.

Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo e logo depois o cargo de diretor-geral da PF, função em que permaneceu até 1992.

Ainda nesse posto, acumulou os cargos de secretário da Receita Federal e secretário da Polícia Federal.

Em 1991, também passou a ocupar uma vice-presidência da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

Permaneceu como diretor-geral da PF até 1992, quando acumulou o cargo de secretário da Receita Federal, no governo do presidente Fernando Collor.

De 1992 a 1994, foi assessor especial do governador de São Paulo, com status de secretário de Estado.

Entre os seus trabalhos policiais de maior repercussão, está a descoberta da ossada de um dos mais procurados criminosos de guerra nazistas, Joseph Mengele, e a captura do mafioso italiano Thommaso Buscheta.

Em 1994, disputou pela primeira vez uma eleição.

Foi eleito senador com mais de 5,5 milhões de votos.

Em 2000, foi candidato à Prefeitura de São Paulo, mas terminou em quarto lugar.

Nas eleições de outubro de 2002, recebeu 7.278.185 votos e obteve novo mandato de senador, com vigência até 2011.

Foi o primeiro corregedor parlamentar do Senado Federal.

Pertencia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.

Dois de seus filhos seguiram a carreira política.

Romeu Tuma Júnior, que foi deputado estadual em São Paulo, e Robson Tuma, deputado federal até 2006.