Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT), que depende da rejeição da candidatura do ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe José Augusto Maia (PTB) para exerceu seu próximo mandato, diz estar tranquilo quanto ao novo recurso utilizado pelo petebista.
O ex-prefeito alega não ter tido tempo suficiente para elaborar sua defesa. “Maia teve tempo para se defender sim.
Isso que ele está alegando é uma mentira”, critica Paulo Rubem.
O ex-prefeito entrou com um mandado de segurança na última quinta-feira (21) para que a Justiça suspenda a apreciação de suas contas quando estava no cargo.
José Augusto também aguarda julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Paulo Rubem diz acreditar que os vereadores de Santa Cruz irão manter os votos contrários ao ex-prefeito.
As contas de Maia foram rejeitadas duas vezes pela Câmara do Município e mais recentemente, pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE). “Santa Cruz é uma cidade de trabalhadores, não pode ser representada por alguém como Maia”, comenta.
O deputado considera que uma eventual aprovação das contas de Maia em Santa Cruz seria um “péssimo exemplo para todas as Câmaras de Vereadores de Pernambuco”. “Além disso, há um sério risco do nosso estado ficar com uma imagem muito negativa no cenário nacional”, acrescenta.
Paulo Rubem mantém a decisão de não ir até a cidade.
Militantes chegaram a cogitar a hipótese do pedetista ir até a Câmara pressionar os vereadores, mas ele diz descartar essa possibilidade.
A reportagem tem tentado entrar em contato com José Augusto Maia desde a semana passada, mas o ex-prefeito não atende e não retorna nenhuma ligação.
O ex-prefeito teve 42.067 votos, contra 41.728 de Paulo Rubem.
Assim, o mandato do deputado do PDT está ameaçado por ele ter sido o candidato menos votado da coligação.
Caso a candidatura de José Augusto Maia seja deferida, Paulo Rubem, que foi um dos relatores da Lei Ficha Limpa, ficará sem mandato.
O deputado e o ex-prefeito fazem parte da mesma coligação, a Frente Popular de Pernambuco.
José Augusto Maia chegou a ser detido no dia da eleição por prática de boca de urna