Na Folha.com Um dia após assumir a diretoria da Dersa responsável pelo Rodoanel, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, assinou uma alteração contratual na obra que deu liberdade para empreiteiras fazerem mudanças no projeto e, na prática, até usarem materiais mais baratos, informa reportagem de Alencar Izidoro publicada neste domingo pela Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

A medida, em acordo da estatal com as construtoras, foi definida em 2007 em troca da garantia de “acelerar” a construção do trecho sul para entregá-lo até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) saiu do governo para se candidatar à Presidência.

A negociação com as empreiteiras –exigindo que elas não atrasassem a vitrine política de Serra– foi a principal tarefa de Paulo Preto.

Ficou acertado que, em vez de receberem conforme quantidade e tipo de cada serviço ou material usado na obra, as empreiteiras receberiam um “preço fechado” –no valor de R$ 2,5 bilhões.

Com isso, poderiam fazer alterações no projeto original, permitindo que economizassem.

Mas havia, segundo a Dersa, a condição de manter a qualidade final.

A estatal argumenta que, com a mudança contratual de 2007, conseguiu um desconto de 4% (R$ 100 milhões) sobre o valor original.

A diferença negociada entre a Dersa e as construtoras superava R$ 500 milhões.