O PPS vai ingressar na tarde desta sexta-feira (22/10) com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo o aprofundamento do inquérito da Polícia Federal que investiga a quebra do sigilo fiscal de Mônica Serra, filha do candidato a presidente José Serra, e de lideranças do PSDB.

O partido cobra ainda a apuração do envolvimento do deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), um dos coordenadores da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), no crime.

Para o PPS, a Polícia Federal precisa esclarecer quem encomendou ao jornalista Amaury Ribeiro Jr. os dados sigilosos e de onde veio o dinheiro vivo, cerca de R$ 12 mil, utilizado para pagar o despachante Dirceu Rodrigues Garcia e outras pessoas que participaram da violação.

Em depoimento no inquérito que investiga o caso, o jornalista acusou Rui Falcão de copiar de seu computador os dados sigilosos dos tucanos.

Na avaliação do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), o inquérito da Polícia Federal deixou de fora da investigação a campanha de Dilma e o núcleo petista acusado de encomendar um dossiê contra José Serra. “A PF apontou a autoria direta, que envolve o jornalista e as pessoas contratadas por ele.

Mas falta a outra autoria, o mandante político”.

Na quarta-feira, em coletiva à imprensa, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, afirmou não iria aferir se houve utilização política dos dados. “Se os dados sigilosos foram parar na mão de um dos coordenadores da campanha de Dilma é preciso, obviamente, que se apure os desdobramentos e as responsabilidades disso.

Queremos que o caso seja apurado por completo”, afirmou Jungmann, lembrando que a PGR é responsável pelo controle externo das ações da Polícia Federal.

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