Foto: Michele Souza/Divulgação Por Daniel Guedes, do Blog de Jamildo Os atos de campanha a favor da candidata Dilma Rousseff (PT) realizados nesta quinta-feira (21) no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, pregaram o voto de agradecimento na petista pelas obras implementadas nos municípios pelo governo federal.

Vereadores de um dos partidos que integram a Frente Popular fizeram ataques diretos ao candidato oposicionista, José Serra (PSDB).

Previsto para ser uma caminhada, o ato no Cabo resumiu-se a um comício que começou com ataques ao político tucano.

O presidente da Câmara de Vereadores, Jessé Valério (PTB), disse que Serra fechará, se eleito, a principal fonte de empregos e renda do Litoral Sul de Pernambuco, o Complexo Portuário Industrial de Suape. “Se ele se eleger não vai ter Suape e não vai ter refinaria (Abreu e Lima, em construção) porque ele não gosta de Pernambuco”, atacou o vereador. “A partir de agora, vamos dizer a aqueles que nunca fizeram nada por Pernambuco e pelo Cabo com quantos votos se faz um presidente da República.

Vamos mostrar que este tal de Serra não serve para Pernambuco nem para o Brasil”, acrescentou num discurso para uma praça cheia de gente, no Centro da cidade.

O governador Eduardo Campos (PSB) disse que o posicionamento do vereador não segue a orientação do comando pró-Dilma, que vem acusando os adversários de fazer uma campanha caluniosa e difamatória. “Vocês acompanham o que falamos oficialmente pela campanha.

Nosso discurso é de respeito, de ideias, de confrontação de projetos.

Não posso ser responsável pelo que um militante falou.

Não é a orientação da campanha”, ponderou em entrevista.

Segunda a falar no Cabo, a vereadora Edna Gomes (PTB) acusou José Serra de ser preconceituoso. “Nosso candidato de azul está demonstrando preconceito de gênero por achar que uma mulher não está preparada para ser presidente”, afirmou direcionando sua fala ao público feminino.

Os ataques mais pesados ficaram restritos a esses dois primeiros oradores.

Os demais, tanto no Cabo quanto em Ipojuca, não deixaram de atacar, mas foram mais sutis e buscaram agradecer os resultados nas urnas e pedir votos de reconhecimento do trabalho do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). “Temos aqui hoje uma refinaria em construção que gera empregos, um polo petroquímioco e um estaleiro.

Antes esse desenvolvimento ficava concentrado no Sul e no Sudeste”, pontuou o senador eleito Humberto Costa (PT).

Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PTB) prometeu garantir a Dilma a maior vitória no Estado.

A petista teve 64% dos votos no município (6.7342 votos). “O povo do Cabo nunca esquece os que têm compromisso com sua gente”, afirmou.

Já o prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim (PDT), garantiu transferir os 8.960 que Marina Silva (PV) obteve no município para Dilma, que registrou 27.559 votos (65%). “Marina teve alguns votos aqui.

Esses votos vão para Dilma”, apontou.

Falando diretamente para o público que lotou a Praça Nova, no Centro, provocou: “Se tu não vai votar em Dilma, não é pernambucano. É ingrato.

Deve ser do Paraguai.

Quem não der voto a Dilma é um ingrato”.

Eduardo Campos voltou a afirmar que precisa de Dilma para governar e propôs a comparação entre os oito anos das administrações Lula/Dilma e Fernando Henrique Cardoso/Serra. “Daqui a dez dias o Brasil vai escolher entre dois projetos que já tiveram a oportunidade de governar o Brasil”.

O governador reeleito apontou que Lula também enfrentou uma campanha caluniosa mas conseguiu se eleger e enumerou obras que, segundo ele, vieram para Pernambuco graças ao presidente.

Eduardo convocou a população para ir ao Marco Zero do Recife na próxima quinta-feira (28), quando Lula encerra a campanha de Dilma. “Vamos olhar para o Lula e dizer: conte com a gente.

Pernambuco não vai dar as costas para o maior presidente da história deste País.

Mais que um voto de gratidão, vamos dar um voto de confiança.

Não é hora de parar o Brasil. É hora de o Brasil seguir em frente, mudando.

Me ajudem a ter uma amiga presidenta da República para me ajudar como Lula me ajudou”, discursou.