Por Reinaldo Azevedo, em seu blog, no meio da tarde Imagens levadas ao ar pelo SBT e pela Rede Record sugerem que foi só uma bola de papel que bateu na cabeça do tucano José Serra.

Em primeiro lugar, o deslocamento do objeto exibido nessas imagens sugere algo mais pesado do que papel amassado.

Mas isso não é o essencial: o evento exibido nas duas TVs aconteceu pelo menos 20 minutos antes daquele em que algo mais contundente atingiu a cabeça do candidato tucano e que o tirou de circulação, levando-o ao médico.

Atenção!

Não foi um, não foram dois, não foram três… Foram vários os objetos que os fascistas lançaram contra o candidato da oposição.

Como a delinqüência anda à solta nas TVs, sites, jornais, revistas, as versões vão prosperando.

Agora deram para usar imagens que ajudam a fraudar os fatos.

Na Folha Online, leio que Lula chamou o episódio de “mentira descarada”, comparando Serra ao goleiro Rojas, que alegou, em episódio conhecido, ter sido atingido por um foguete de artifício em jogo no Maracanã. É a delinqüência política se juntando à jornalística.

Não que Lula ignore o que aconteceu.

Leiam: “Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando.

Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factóide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil”.

De fato, foi mais ou menos 20 minutos depois.

Lula só se esqueceu de acrescentar que houve uma nova agressão.

O presidente afirmou que tinha pensado em telefonar para Serra para se solidarizar, mas disse que desistiu diante da imagem.

O que essa fala quer dizer?

Que Lula considera que impedir o candidato da oposição de circular é aceitável?

Que jogar bola de papel é aceitável?

Que se comportar como horda é aceitável?

Só não se deve machucar a vítima… Lula é o chefe da Sturmabteilung (SA) petista, que segue o modelo dos grupos de assalto do nazismo.

Ele sempre se supera.

Um presidente da República que, na prática, endossa o que seus partidários fizeram ontem e ainda acusa a vítima atinge, sem dúvida, o patmar moral mais baixo de sua trajetória.

Para encerrar É indecoroso questionar se Serra exagerou ou não na reação.

Quem a tanto se dedica está, na verdade, tentando criar um padrão decoroso para a reação da vítima.

Os fascistas, por fascistas, não precisam ter código nenhum.

Seus alvos é que devem saber se comportar.

Em breve, será preciso escrever o “Livro de Etiqueta das Vítimas do PT”.

Como diria Gregório de Matos, “dou ao demo a gente asnal!”