No Blog de Josias Aberto há um mês, o inquérito da Polícia Federal que apura o tráfico de influência na Casa Civil caminha a passos de tartaruga aleijada.

Responsável pela “investigação”, o delegado federal Roberval Vicalvi solicitou nesta quarta (13) uma prorrogação de prazo.

Alega que, apenas com os depoimentos recolhidos até aqui, não foi possível chegar a nenhuma conclusão.

Entre os ouvidos estão os filhos de Erenice Guerra, a ex-braço direito a quem Dilma Rousseff legou a poltrona de chefe da Casa Civil.

Inquiridos sobre o tráfico de influência iniciado sob Dilma e pilhado sob Erenice, os rebentos da ex-ministra preferiram o silêncio.

Selaram os lábios para evitar a formação de marolas eleitorais.

Demitida, Erenice perdeu o privilégio de foro.

Pode ser intimada pelo delegado sem a necessidade de autorização do STF.

Porém…

Porém, não houve, por ora, interesse em ouvi-la.

Tampouco há notícia de pedidos de busca e apreensão de documentos e computadores.

Ainda não foram ao noticiário, neste caso, as cenas espetaculares de agentes vasculhando armários e gavetas de casas e repartições públicas.

Em suas últimas declarações, Dilma Rousseff informou que, eleita, cuidará para que o ‘Erenicegate’ seja levado às últimas conseqüências.

O diabo é que, tomada pelo prefácio, a pantomima da Casa Civil parece caminhar para um epílogo conhecido.

Vem à memória da bugrada, instantaneamente, o desfecho da alopragem de 2006.

Até hoje não se sabe de onde veio o R$ 1,7 milhão que recheava a mala apreendida com os aloprados do dossiê num hotel de São Paulo.