Do G1, em Brasília O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar nesta semana representação da coligação do candidato a presidente José Serra (PSDB), na qual a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra é acusada de tentar denegrir o candidato tucano.

A coligação de Serra pede aplicação de multa à ex-ministra.

Em nota divulgada em 14 de setembro, após o surgimento de denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, Erenice se disse vítima de uma “indisfarçável campanha de difamação”, que, segundo a nota, favorecia “um candidato aético e já derrotado”.

Dois dias depois, ela anunciou que deixava o governo.

A defesa de Erenice argumenta que “jamais” ela teve a intenção de desqualificar o tucano, “mas sim prestar os devidos esclarecimentos” à sociedade.

Segundo a defesa da ex-ministra, ela foi “execrada, indiciada e condenada” pela imprensa e, “no calor do momento”, chamou o candidato tucano de “aético” e “derrotado”. “Eventuais expressões contundentes foram utilizadas no calor do momento, em virtude da enorme pressão sofrida pela co-representada [Erenice]”, argumentam os advogados Sebastião Tojal, Jorge Henrique de Oliveira Souza e Sergio Rabello na defesa apresentada ao TSE.

Por conta das afirmações de Erenice, a campanha tucana acusou a ex-ministra de utilizar a máquina pública para prejudicar a imagem de Serra, uma vez que a nota escrita por ela foi publicada no Blog do Planalto, uma página de internet do governo.

A candidata do PT, Dilma Rousseff, foi citada na representação do PSDB e também será julgada no plenário da Justiça Eleitoral.