Por Adriano Ceolin, do iG Com o objetivo de diminuir a dianteira de Dilma Rousseff (PT) no Nordeste, caciques do PSDB na região vão pressionar aliados que fizeram corpo mole no primeiro turno para forçá-los a pedir votos para o presidenciável tucano agora no segundo turno.

Como mostrou o Poder Online neste domingo, Tasso Jereissati (PSDB-CE) cobrou posição dos seus aliados em reunião.

Quem não fizer campanha para Serra estará fora do partido.

Na Bahia, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) fará uma reunião no mesmo tom.

Ele e o ex-prefeito de Salvador e agora deputado eleito Antonio Imbassay (PSDB-BA) já convocaram prefeitos e vereadores para reuniões que devem ocorrer quarta-feira.

O objetivo é fazer com que Serra conquiste, ao menos, 35% dos votos na Bahia.

No primeiro turno, Serra só venceu em duas cidades baianas: Vitória da Conquista e Tancredo Neves.

Além dos dois deputados federais eleitos Jutahy e Imbassay, o PSDB ganhou duas vagas na Assembleia Legislativa: Augusto Castro e Adolfo Viana.

Atual líder do PSDB na Câmara, o deputado João Almeida (BA) não foi reeleito, mas concorda com a pressão sobre prefeitos e presidentes de diretórios municipais. “Quem quiser preservar o partido sob seu comando vai ter de mostrar serviço”, disse.

Novo coordenador da campanha de Serra no Rio Grande do Norte, o senador reeleito José Agripino (RN) concorda que, no primeiro turno, a maioria dos candidatos do DEM e do PSDB no Nordeste preocuparam-se com suas campanhas. “A campanha nacional (de DEM e PSDB) não houve nos Estados.

Ela começa agora”, disse Agripino.

Ele contou que vai para São Paulo no começo desta semana. “Na quinta-feira volto para o Rio Grande do Norte me reunir com prefeitos e lideranças”, completou.