Neste sábado ensolarado no Recife, a estudante Paloma Felício, de 14 anos, recebeu um presente antecipado pelo “Dia das Crianças”.
A depender da mãe, pode mudar de escola pública para uma escola privada e ainda seguir carreira de atleta de basquete no Clube Naútico Capibaribe, depois de apenas sete meses de prática no esporte.
Desde sempre mais alta do que a maioria dos colegas, Paloma ouvia gracinhas dos companheiros de colégio. “Tà muito frio aí encima?”.
Coisa do tipo.
Ela conta que não gostava e ficava sem graça.
De tanto ouvir agressões desta natureza, achava-se desengonçada mesmo.
Hoje com 1 metro e 87 centímetros, a altura elevada pode ajudar-lhe a melhorar de vida e ter um futuro melhor, que a mãe técnica de enfermagem tavez não pudesse dar. “Quando entrei aqui no projeto social do Nosso Clube, não sabia nem bater uma bola.
Hoje, já consigo fazer bandeja sem problema e estou arremessando melhor.
Achava que era difícil.
Hoje não quero mais sair e vivo chamando a minha irmã mais nova, de 10 anos, para o esporte”, conta.
Atualmente, ela estuda no colégio Joaquim Távora.
Faz a oitava série.
Gosta da escola, mas está encantada e surpresa com os convites.
O colégio Auxiliadora planeja levar a menina para os seus quadros, oferecendo-lhe bolsa de estudo, feito pela técnica Cídia.
No Náutico, o convite foi feito pela técnica Ceça.
Para quem não conhece, o Nosso Clube - que tem o apoio incondicional do Blog de Jamildo, é um projeto social sem fins lucrativos que reúne jovens jogadores de basquete e crianças carentes.
Todos os sábados, essas crianças, hoje mais de uma centena, recebem dos voluntários os ensinamntos dos fundamentos do basquete, além de aulas de cidadania e recreação.
Saem de lá almoçados, mediante ajuda feita por doações de alimentos.
O colégio Lubienska, na Torre, cede a quadra e as dependências para o projeto, coordenado pelos professores Fernando Meganha e Affine Júnior.
São um exemplo de que não dá para fazer tudo, mas se cada um fizer um pouco, a vida pode ser melhor para mais gente.