Agência Estado Em discurso às lideranças e aliados presentes no encontro nacional do PSDB, convocado para dar largada ao segundo turno da campanha tucana, o candidato à Presidência José Serra fez críticas duras ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à sua adversária, Dilma Rousseff (PT), sem no entanto, citar expressamente seus nomes.

As críticas foram indiretas: ele afirmou que, se for eleito, não fará ameaças à oposição e defendeu a aprovação de uma lei que regulamente a conduta do presidente da República nas campanhas eleitorais. “Com o apoio do Congresso Nacional vamos aprovar um marco para regulamentar a participação dos chefes de Executivo nas campanhas eleitorais”, prometeu Serra.

Ele citou o exemplo do senador Tasso Jereissati (PSDB) que não conseguiu se reeleger no Ceará.

Serra atribuiu a derrota de Tasso a uma disputa desigual imposta pelo presidente Lula, que para a oposição excedeu os limites do cargo ao atuar como cabo eleitoral nessa eleição.

Num recado claro ao presidente - mas sem mencionar seu nome -, o tucano afirmou que respeitará a oposição em seu eventual governo e fez duras críticas indiretas a Lula, que em Santa Catarina pediu aos eleitores que ajudassem a “extirpar o DEM” da política nacional. “Nunca tratei, não trato e não vou tratar oposição como inimiga da Pátria.

Nenhuma força política vai ser dizimada ou ameaçada de liquidação”, disse Serra.