Por Isaltino Nascimento A resposta à pergunta título deste artigo pode soar óbvia: Todos aqueles que foram eleitos, segundo as listagens da Justiça Eleitoral.

Mas não é sobre os campeões de votos nem sobre as estratégias que fizeram com que determinados candidatos somassem números mais expressivos de votos que pretendo discutir neste artigo.

Minha reflexão se dá com relação à consolidação do processo democrático no país, o que se configura como o mais importante aspecto do pleito de 2010.

Isso independente das posições ideológicas dos eleitos e do adiamento de alguns dos resultados com o advento do segundo turno para a presidência da República e para determinados governos estaduais.

Das eleições de 1989, quando foi eleito Fernando Collor de Melo, até agora, o país vivencia o maior período de respeito ao instituto da democracia desde a Proclamação da República, em 1889.

Um dos maiores saltos foi dado pela Justiça Eleitoral, com a instituição da votação eletrônica e, mais recentemente, com a adoção do voto biométrico, eliminando a cada pleito as possibilidades de fraude eleitoral. É lógico que ainda é preciso avançar mais, colocando em discussão na sociedade um amplo projeto de reforma política.

Mas é inegável que nos últimos 20 anos aprendemos muito.

Principalmente que a liberdade de opinião e o debate de ideias são imprescindíveis para avançarmos ainda mais.

A cada eleição fica mais claro que o voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade, pois possibilita a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas.

E que isso deve ser usado em favor da sociedade.

Nesta época pode parecer difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de Rádio e TV parecem ser todos iguais.

Contudo, a melhor dica ainda é procurar e entender os projetos e ideias dos candidatos em quem se pretende votar.

Além disso, avaliar se há recursos disponíveis para que executem suas promessas, caso cheguem ao poder.

O país ainda terá um segundo turno eleitoral pela frente, com a responsabilidade de escolher quem vai comandar o destino da nação.

Momento de lembrar, mais uma vez, que o grande vencedor das eleições deve ser sempre o cidadão.

Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br/ www.twitter.com/isaltinopt), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembleia Legislativa, escreve todas às terças-feiras para o Blog.